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Milhares contra "flexigurança"

flexi_2Em Guimarães, enquanto os Ministros do Emprego da União Europeia discutem a "flexigurança", milhares de trabalhadores protestam contra o aumento da precariedade que a implementação desse modelo vai gerar. A marcha, com bombos e cabeçudos, numa distância de cerca de cinco quilómetros, sob calor abrasador, deverá atingir o seu ponto mais alto junto ao pavilhão multiusos de Guimarães, onde se reúnem os Ministros. Vieira da Silva declarou que a "flexigurança" vai ser "um dos pilares da presidência portuguesa na área social". Carvalho da Silva afirmou que a "flexigurança" é uma fraude, lembrando que as propostas do Governo para rever o Código do Trabalho já mostram esse facto.

 

Milhares de trabalhadores e sindicalistas europeus percorrem as ruas de Guimarães em protesto contra a "flexigurança", aproveitando a reunião informal dos ministros do Emprego da UE, na cidade.

Segundo a Agência Lusa, os manifestantes ostentam cartazes em inglês, francês, português e alemão, contra a "flexigurança" e estão rodeados de fortes medidas de segurança policial.

A Comissão Europeia enunciou quarta-feira os "princípios comuns" que gostaria de ver adoptados, em Dezembro, pelos 27 países membros sobre a "flexigurança". Segundo o comissário europeu do Emprego, Vladimir Sipdla, os cidadãos percebem perfeitamente a necessidade de "adaptação à mudança" nas sociedades europeias.

"Apesar das políticas relativas à flexigurança terem de levar em conta as diferentes situações nacionais, todos os Estados membros da UE estão confrontados, em simultâneo, como os mesmos desafios", explicou o comissário europeu.

Contudo, os sindicatos europeus não parecem muito convencidos das virtualidades deste modelo e manifestam-se contra esta nova tendência de organização laboral e social, que vai provocar mais precariedade e maior facilidade nos despedimentos. Carvalho da Silva afirmou mesmo que a "flexigurança" é uma "fraude" e que para provar isso estão aí as conclusões do livro branco sobre relações laborais que serão a base das propostas do Governo para alterar o Código do Trabalho, reduzindo salários, dias e subsídio de férias e facilitando os despedimentos.

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