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Massacre no Afeganistão provoca crise no governo alemão
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve decidir pelo reforço em cerca de 30 mil soldados, e pedir que os aliados da NATO enviem mais 10 mil soldados para o Afeganistão.
Obama afirma que após oito anos a sua intenção é “terminar o trabalho”, e acredita que a apresentação dos objectivos e da justificação da estratégia adoptada trará o apoio dos americanos. Nos últimos meses, a condução do conflito tem dividido o Governo norte-americano, que para além da escalada de violência dos últimos meses, lida com o complexo tema da corrupção no país e descredibilizada eleição de Hamid Karzai.
Entre os aliados a Alemanha assistiu ao desfecho das investigações sobre um ataque aéreo no Afeganistão, em Setembro, que causou dezenas de mortos civis, incluindo crianças. O general Wolfgand Schneiderhan, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas da Alemanha, demitiu-se sob a acusação de ter de ter sonegado informações sobre as vítimas do referido ataque.
Os caças da NATO bombardearam camiões-cisterna a 4 de Setembro, por indicação do comandante do contingente alemão estacionado em Kunduz, coronel Georg Klein. Este temia que os talibãs utilizassem os veículos em ataques suicidas. O escândalo atingiu também o ministro alemão do Trabalho, Franz Josef Jung, que também apresentou a sua demissão. Jung era o ministro da Defesa na altura dos acontecimentos.
Holanda e Canadá devem retirar as suas tropas e o Governo italiano também enfrenta grande contestação pública.
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