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Maria José Nogueira Pinto sai do CDS e da Câmara de Lisboa.

maria_jose_nogueira_pintoA dirigente do CDS/PP anunciou hoje, numa conferência de imprensa sem direito a perguntas, a sua saída do CDS/PP e a renúncia ao mandato de vereadora da Câmara Municipal de Lisboa. O seu sucessor na Câmara será o vice-presidente do CDS, Anacoreta Correia. Maria José Nogueira Pinto afasta-se do CDS depois das alegadas agressões de que foi alvo no Conselho Nacional, em consequência da cavalgada de Portas para conquistar a liderança do partido.

 

De acordo com a Agência Lusa, Maria José Nogueira Pinto assume a sua desfiliação do CDS como uma «prova de respeito pelo partido, pelos seus militantes e pelos seus órgãos».

A ex-militante do CDS/PP já não irá presidir ao Conselho Nacional do próximo sábado, considerando que o parecer do Conselho de Jurisdição do partido tornou esse acto «inútil». «Não devo, não posso e não desejo no momento em que já ponderei e decidir desfiliar-me, constituir-me como alegada e hipotética força de bloqueio a qualquer decisão dos órgãos do partido. Isso seria absurdo», disse, acrescentando no entanto que espera que os dirigentes do CDS «encontrem um consenso que permita as eleições directas e um congresso ratificativo».

Sobre a renúncia ao mandato de vereadora, Maria José Nogueira Pinto foi parca em palavras: «Entreguei ao senhor presidente do partido uma carta onde expresso esta decisão, bem como a disponibilizar e solicitar a minha substituição na vereação da Câmara Municipal de Lisboa pelo número dois da lista do CDS-PP, o engenheiro Miguel Anacoreta Correia»

Esta decisão de Maria José Nogueira Pinto vem na sequência da última reunião do Conselho Nacional do CDS, em que afirmou ter sido vítima de "coacção, violência psicológica e agressão física", esta última por parte do deputado Hélder Amaral, que negou essa acusação e já avançou com um processo por difamação. Nesta reunião, anunciou a convocação de um congresso a partir das mais de mil assinaturas de militantes que o pediam.  A decisão de Nogueira Pinto foi contestada por Paulo Portas, que reclamou a vitória das eleições directas imediatas, uma proposta que recolheu os votos de 65 por cento dos conselheiros nacionais.

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