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Manuel Alegre: “Não estou refém de ninguém”

Manuel Alegre disse que "a Justiça não pode envolver-se na política e a política não pode envolver-se na Justiça"Num jantar em Braga, Alegre falou da actual situação política e declarou que "não abre, nem fecha portas" a uma eventual recandidatura presidencial.

Segundo a agência Lusa, o jantar foi organizado por um conjunto de personalidades de Braga, apoiantes do ex-candidato à Presidência da República e juntou mais de 70 pessoas.

Respondendo a diversos apelos para que se recandidate feitos pelos seus apoiantes, Alegre declarou:

"O que posso dizer-vos neste momento é o mesmo que disse há quatro anos: há um poder dos cidadãos, a democracia é de todos e a República não tem dono", e acrescentou "guiamo-nos pela própria cabeça e, por isso, qualquer decisão minha não terá a ver com a de terceiros, porque não sou refém de nada nem de ninguém".

Sobre a situação política actual, Manuel Alegre disse que o país "não pode continuar a viver num clima permanente de suspeição" e avisou que "há princípios fundamentais que têm de ser respeitados sob pena de caminharmos para um colapso de consequências imprevisíveis".

Alegre salientou ainda que "há uma regra básica no estado de direito: a Justiça não pode envolver-se na política e a política não pode envolver-se na Justiça", acrescentando que "os julgamentos têm de ser feitos nos tribunais e não na praça pública e a corrupção não pode continuar impune".

Manuel Alegre avisou ainda que "o PS tem de se convencer que já não governa com maioria absoluta", mas lembrou que "a Constituição não permite governos de parlamento".

"É preciso que haja negociação e consenso, e negociar é sinal de bom-senso, de sentido de Estado e de responsabilidade", acrescentou.

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