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Major Reinado está cercado em Timor

reinadoO major timorense Alfredo Reinado está cercado em Same, no interior sul de Timor-Leste. Tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) terão dado um ultimato ao militar para que se renda, mas este recusa-se a fazê-lo. A operação para prender Reinado foi desencadeada depois de este ter assaltado três postos de polícia de fronteira, o último dos quais domingo em Maliana, de onde foram roubadas pelo menos 17 armas. O próprio Xanana Gusmão deu a autorização para a operação de captura.

"Hoje de manhã", disse Xanana Gusmão, "reuni-me com o primeiro-ministro, com o representante especial do secretário-geral da ONU, o brigadeiro Rerden, para analisar a situação do Alfredo, e a estupidez que ele fez ontem». O presidente afirmou que tudo foi feito para resolver o caso por meios pacíficos e evitando a solução militar. "Alfredo aproveitou-se sempre da situação para manipular", acusou Xanana Gusmão.

O major Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, teve um papel importante na crise político-militar de Abril e Maio de 2006. Em 30 de Agosto do ano passado, fugiu da prisão de Becora, em Díli, onde estava detido por posse ilegal de material de guerra.

Segundo disse o primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, à agência Lusa, há três semanas, o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, e Alfredo Reinado assinaram um acordo para resolver a situação do militar. "Houve um acordo explícito, assinado pelos dois, em que Reinado pela primeira vez se compromete a ser ouvido no caso das armas entregues a civis", disse Ramos Horta.

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