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Mais de 70.000 professores protestam em Lisboa
Segundo estimativas da Plataforma Sindical de Professores, mais de 70.000 docentes integraram o percurso entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, em Lisboa, em mais um protesto contra a política educativa do governo. O estatuto da carreira docente e o processo de avaliação de professores impostos pelo governo são os principais motivos de descontentamento dos manifestantes.
Apesar do calor, do cansaço de um final de ano lectivo e da intransigência do governo em relação a sucessivos protestos públicos, a manifestação de professores convocada para este sábado em Lisboa mobilizou mais de 70.000 pessoas, segundo a estimativa do dirigente sindical Manuel Grilo.
Ainda que a dimensão da manifestação fique aquém de outras mobilizações realizadas ao longo do último ano, o número de participantes ultrapassou as expectativas dos organizadores, que esperavam uma adesão em redor das 50.000 pessoas.
Os professores continuam a contestar o Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação de docentes que o governo socialista de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues impuseram. Mário Nogueira sublinhou que a manifestação foi uma "lição de dignidade" para o Governo, mas que outras "lições" virão. "Novas políticas educativas serão mais fáceis de negociar com um governo que não tenha maioria absoluta" lembrou o secretário geral da Fenprof.
Dirigentes do Bloco de Esquerda, PCP e CDS / PP juntaram-se marcaram presença no protesto. Francisco Louçã, que participou igualmente nas manifestações anteriores, solidarizou-se com os professores, contra a "prepotência e o absolutismo do Ministério" da Educação.
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