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Luís Amado não quer falar de direitos humanos

luis_amadoO Ministro dos Negócios Estrangeiros recusa-se a discutir direitos humanos com o Governo chinês, preferindo destacar que há «significativos progressos políticos» neste país. Luís Amado justificou a sua recusa em abordar o tema dos direitos humanos pelo facto de mais nenhum outro país da União Europeia o fazer. Segundo o Jornal Público, Amado afirmou que «Seria inaceitável que, nesta matéria, Portugal tivesse uma posição distinta dos restantes Estados-membros da UE», adiantando que qualquer referência à questão dos direitos humanos poderia ser «prejudicial para os negócios»

 

As declarações de Luís Amado forma feitas na sequência da visita de José Sócrates à China. Já ontem o Ministro da Economia Manuel Pinho gerou polémica ao afirmar, orgulhosamente, que uma das vantagens para se investir em Portugal  são os salários baixos, e a pouca pressão que existe para o seu aumento 

A China é o país que mais recorre à pena de morte sendo responsável por 80% das execuções a nível mundial (número aproximado, visto o Governo recusar publicar as estatísticas completas), uma pessoa pode ser sentenciada e executada por mais de 68 ofensas criminais. As liberdades de manifestação e expressão não estão garantidas, num país que combina o pior dos regimes comunistas (ditadura repressiva) com o pior dos regimes capitalistas (a exploração e a ausência de protecção dos trabalhadores contrasta com o enriquecimento da burocracia no poder).

Para Luís Amado, a natureza do regime político Chinês «não é o foco principal das relações» negando-se por isso a dizer uma palavra que seja sobre as violações constantes dos direitos humanos neste país.

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