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Louçã critica bloco central e quer economia mais justa
Em comício realizado em Barcelos, Francisco Louçã lembrou que há mais de 600 mil desempregados em Portugal e que os custos com o desemprego ultrapassam os do TGV. O líder do Bloco de Esquerda exige uma economia mais justa e destaca a convergência de propostas entre o PS e a direita, a propósito da disponibilidade expressa por Ferreira Leite para governar com Sócrates.
A resposta do Estado ao galopante crescimento do desemprego foi a principal preocupação de Francisco Louçã no comício realizado pelo Bloco de Esquerda em Braga, nesta segunda feira.
Segundo Louçã, "quando caminhamos para 600 mil desempregados em Portugal, o desemprego custa 18 mil milhões de euros em perdas de produção, mais 3 mil milhões em subsídios de desemprego e cortes nas contribuições à segurança social (...) São 21 mil milhões de euros Não se atreva ninguém a falar nas dificuldades em pagar o TGV ou a ponte sobre o Tejo, porque o desemprego custa muito mais".
O deputado do Bloco de Esquerda comentou ainda as declarações de Manuela Ferreira Leite, que assumiu a disponibilidade do PSD para formar um governo de bloco central com o PSD, afirmando que PS, PSD, CDS e presidente da República fazem uma "política de meias palavras", às quais o BE responde com "palavras inteiras" do lado da justiça económica.
Louçã lembrou que "o PSD oferece-se para chegar ao governo com o PS, o CDS já tinha feito o mesmo. Sentem-se mesmo bem com o ambiente social por eles criado".
O deputado do BE referiu a convergência de interesses entre o PS, o Presidente da República e a direita em áreas como a legislação laboral ou a protecção aos bancos na actual situação de crise e garantiu que "quem nos meteu nesta crise não nos vai fazer sair dela".