Cerca de quinhentas pessoas encheram o restaurante que acolheu o jantar de inauguração da campanha bloquista na Madeira. Francisco Louçã dirigiu duras críticas a Alberto João Jardim, aconselhando-o a «avisar a rapaziada que a farra acabou». O deputado do BE referia-se à votação na Assembleia da República da extensão da lei das incompatibilidades à Madeira, no próximo dia 11 de Abril. «A Madeira é a única região do país em que um deputado pode ser eleito e aprovar no parlamento obras que ele próprio executará», lembrou Louçã, acrescentando que «esta vergonha tem de acabar». Paulo Martins, o cabeça de lista do BE nas eleições que se realizam a 6 de Maio, declarou que «o regime político na Madeira está podre e no parlamento mandam os empreiteiros e não os deputados».
De acordo com notícia da Agência Lusa, Francisco Louçã deixou um sério aviso a Jardim no jantar de campanha realizado ontem na Madeira, considerando crucial a votação no parlamento da extensão da lei das incompatibilidades àquela região, dia 11 de Abril. «A Madeira vai ser governada com autonomia, respeito, democracia e responsabilidade. Começou a campanha mais forte da esquerda», prometeu Francisco Louçã.
Louçã considerou que a aprovação da Lei das Finanças Regionais - o Bloco de Esquerda votou contra o diploma - foi um presente para Jardim avançar com eleições antecipadas: «um truque, um pretexto dado de bandeja a Jardim para conseguir perpetuar-se no poder».
Francisco Louçã afirmou ainda que, em apenas dois anos de mandato, o governo madeirense «gastou quatro mil milhões de euros, não para responder aos problemas dos madeirenses, mas em obras em grande medida distribuídas aos seus cúmplices políticos». Para o dirigente do BE, Jardim «só olha para a Madeira como o palco, o trono para ter o poder absoluto».
Por seu turno, o cabeça de lista do BE nestas eleições, Paulo Martins, declarou que «o regime político na Madeira está podre e no parlamento mandam os empreiteiros e não os deputados».
Ainda segundo a Agência Lusa, neste jantar/comício num restaurante do Funchal a lotação foi ultrapassada e juntou mais de 480 apoiantes do Bloco de Esquerda na Região.