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Lista ilegalizada condena violência
Após a exclusão, ditada pelo Tribunal Supremo, da sua candidatura ao Parlamento Europeu, a coligação Iniciativa Internacionalista - Solidariedade entre os Povos apresentou recurso perante o Tribunal Constitucional, negou qualquer ligação ao Batasuna e condenou o uso da violência como forma de acção política. Foi a primeira organização ilegalizada com base na Lei do Partidos a fazer uma declaração pública deste género.
A coligação Iniciativa Internacionalista - Solidariedade entre os Povos (II-SP) recorreu perante o Tribunal Constitucional da decisão do Tribunal Supremo de anular a lista de candidatos que tinha apresentado ao Parlamento Europeu, devido a ligações de alguns dos seus membros a organizações tidas como próximas da ETA.
No recurso que apresentou ao Tribunal Constitucional, a II-SP negou qualquer vínculo ao movimento Batasuna ou à ETA e apresentou uma declaração de condenação da violência como forma de acção política.
Esta condenação da violência aconteceu pela primeira vez desde que foi publicada a Lei dos Partidos, que já levou à exclusão de onze candidaturas a processos eleitorais devido a alegadas ligações de alguns membros à organização separatista ETA.
Numa declaração pública na altura da apresentação do recurso, a II-SP afirmou "nunca ter utilizado meios que não sejam estritamente políticos, sendo o uso da violência completamente alheio à sua forma de acção e cultura política", expressando "um claro repúdio e condenação do uso da violência para a obtenção de objectivos no quadro de um Estado Democrático".