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Lisboa: Trabalhadores da limpeza urbana em greve contra privatização

Trabalhadores da limpeza urbana da CML em luta - foto da Lusa (arquivo)Os trabalhadores da limpeza urbana da Câmara Municipal de Lisboa iniciaram nesta Segunda feira uma greve de quatro dias contra a privatização dos serviços de limpeza e lavagem em zonas da cidade. Mais de 90 por cento dos trabalhadores aderiram à paralisação, segundo os sindicatos.
Leia a opinião de Pedro Soares: Privatizações na CML.

O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) convocaram esta greve de quatro dias, porque a Câmara Municipal de Lisboa "prepara-se para concessionar a privados parte das obrigações que detém no que concerne à limpeza e lavagem da cidade", nomeadamente na Baixa-Chiado e em Santa Maria dos Olivais. Os trabalhadores para além de se oporem à privatização de serviços, reivindicam ainda a contratação de 200 cantoneiros e a aquisição e reparação de materiais e equipamentos.

Segundo a agência Lusa, António Costa, presidente da CML, negou que o município pretenda "alienar meios, privatizar serviços ou dispensar trabalhadores", considerando que os funcionários municipais "estão a ver fantasmas onde eles não existem de todo". No entanto, afirmando que a CML não se conforma com a falta de limpeza da cidade, pretende que a Parque Expo, que faz a limpeza urbana na zona da Expo, passe a fazê-la também na freguesia dos Olivais e pretende ainda recorrer a serviços externos para a limpeza da zona da Baixa-Chiado.

A greve, que abrange entre 2.000 e 2.500 trabalhadores, começou às 6 horas da manhã desta Segunda feira e prolonga-se até Quina feira. Segundo Joaquim Jorge, dirigente sindical do STML, às 6 horas só saíram quatro das 65 viaturas de limpeza, ou seja apenas os "serviços mínimos", calculando que mais de 90% dos trabalhadores paralisem.

 

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