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Líbano: Presidência vaga
O primeiro-ministro Fouad Siniora, do Líbano, fez um apelo à calma depois da saída do palácio do presidente cessante, Emile Lahoud, no final do seu mandato constitucional, à meia-noite de sexta-feira. Lahoud, que não reconhece a legitimidade do governo de Siniora, disse antes de deixar o cargo que passava o controle da segurança para o Exército. A Presidência está vaga porque não houve consenso no parlamento para eleger um sucessor.
Pela divisão de poderes no Líbano, o presidente tem de ser necessariamente um cristão maronita, assim como o primeiro-ministro é um muçulmano sunita e o presidente do Parlamento é um muçulmano xiita.
Com a presidência vaga, o Líbano entra numa espécie de limbo político. Constitucionalmente, as funções da presidência passam para o Conselho de Ministros, enquanto não se resolver a crise.
"Não há motivos de preocupação", disse Siniora. "Nenhum libanês, comigo em primeiro lugar, aceitará que não haja um presidente para a República."
O problema é que a oposição a Siniora, liderada pelo Hezbollah, não reconhece a sua legitimidade no governo.
Na sexta-feira, o presidente doo Parlamento, o xiita Nabi Berri, adiou a eleição do presidente, pela quinta vez, para o dia 30 de Novembro, o que significa que a Presidência ficará vaga pelo menos uma semana.
O governo dos EUA pediu calma a todos os partidos libaneses, mas advertiu os cidadãos americanos que vivem no Líbano para adoptarem "práticas de segurança responsáveis".