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Líbano: greve geral e confrontos
Beirute está paralisada por barricadas com pneus em chamas e confrontos entre apoiantes e opositores do primeiro-ministro Fouad Siniora, do Líbano. Os líderes da oposição, entre eles Hassan Nasrallah, do Hezbollah, convocaram uma greve geral, com o apoio dos sindicatos, para pedir um novo governo de unidade nacional que dê mais peso à actual oposição. A greve, no entanto, parece ter degenerado em violência, na capital e noutras cidades.
O primeiro-ministro, Fouad Siniora, garantiu que o Exército e as forças de segurança estão a tomar as medidas necessárias para assegurar a abertura das estradas cortadas, a fim de que a população possa ir trabalhar. Os manifestantes prometem, por outro lado, continuar a mobilização até conseguirem os seus objectivos.
"A oposição está a tentar um golpe de força", disse o ministro Ahmed Fatfat. "Isto não é uma greve. É uma acção militar, uma verdadeira agressão".
O Hezbollah e os seus aliados cristãos da Corrente Patriótica Livre, do general Michel Aoun, mantêm um acampamento em frente ao gabinete do primeiro-ministro, no centro de Beirute, em protesto contra o governo, numa acção que até agora se mantivera pacífica.
O vice-líder do Hezbollah, sheik Naim Kassem, disse à TV Al-Jazeera que a oposição decidirá depois se decide pôr fim à greve ou se vai continuar a ampliar a campanha contra o governo. Para ele, o movimento foi um sucesso e enviou uma mensagem clara.
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