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Justiça norte-americana

PENTÁGONO ESCONDE TORTURA
guantanamoUm juiz de Nova Iorque ordenou ao Departamento de Defesa que tornasse públicos uma série de documentos em que se revelam e descrevem práticas de tortura administradas em alguns detidos na cadeia de Guantánamo. A administração Bush tinha até agora recusado revelar estes documentos à comunicação social, alegando defender a “privacidade dos detidos”.  

 

A ordem do juiz Jed Rakoff dá um prazo de uma semana para que o Pentágono proporcione os dados à agência de notícias dos Estados Unidos da América Associated Press, que tinha pedido a informação. O Departamento de Defesa negou a pretensão da agencia, afirmando que a divulgação punha em causa o direito à privacidade dos detidos.
O general do Exército Bantz Craddock, que saiu recentemente do comando Sul dos EUA e que foi encarregue de supervisionar a base de Guantánamo, pediu ao Congresso que fornecesse aos militares regras claras sobre que técnicas de interrogatório estão proibidas pelos acordos internacionais. O Comité Judicial da Câmara dos representantes dos EUA aprovou ontem, numa segunda votação, o plano do presidente George Bush para os interrogatórios de estrangeiros suspeitos de terrorismo. O plano, que tinha sido rejeitado numa primeira votação, limita a protecção dada pelas convenções de Genebra aos presos estrangeiros. Recorde-se que esta proposta contraria a proposta do Comité das Forças Armadas do Senado dos EUA que pretende cumprir a legislação internacional sobre a matéria e que teve o apoio de três senadores republicanos, entre os quais se contava o ex-secretário de Estado Colin Powell.

 

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