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Jardim ignora Cavaco e mantém inaugurações
Apesar de obrigado pelo presidente da República a limitar a acção governativa a actos de gestão, Alberto João Jardim vai prosseguir ao ritmo de uma inauguração por dia até à data das eleições regionais. Na reunião em que se demitiu da presidência do governo regional, Jardim aprovou mais de cem resoluções que resultam em encargos superiores a 130 milhões de euros, entre subsídios vários, adjudicações de obras e expropriações de terrenos.
O líder demisionário do Governo Regional da Madeira deveria ficar "limitado à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios políticos da região". Pelo menos foi esta a advertência que o presidente da República fez quando marcou as eleições para o próximo dia 6 de Maio.
Mas o governo demissionário de Jardim, embora tecnicamente esteja "em gestão", não pára de tomar decisões que vão para além dessas competências limitadas. O jornal Público avança hoje com a notícia de que as actas dessa reunião do governo do dia da demissão ainda não se encontram fechadas, de forma a poderem ainda integrar outras deliberações.
Uma das decisões tomadas nessa reunião foi a suspensão do plano de ordenamento turístico, o que permite acelerar o licenciamento e aprovação de novos projectos hoteleiros.
A presidência da República não quis comentar as queixas apresentadas pela oposição sobre o incumprimento da lei eleitoral por parte do PSD/Madeira, por considerá-las "informação reservada":