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Israel: Olmert decide que vai sair

Ehud OlmertO primeiro ministro de Israel Ehud Olmert decidiu que não vai concorrer nas eleições internas do Kadima, o seu partido, que vão ter lugar em Setembro próximo. O partido de direita Likud já exigiu eleições antecipadas. No entanto, o mais natural é que Olmert, que enfrenta uma acusação judicial de corrupção, fique ainda vários meses como primeiro ministro.

Ehud Olmert, primeiro ministro de Israel, decidiu que não vai concorrer às eleições internas do partido Kadima. Nessas eleições destacam-se dois candidatos: a ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, e o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz.

Ehud Olmert tomou esta decisão para se defender das acusações de corrupção, quando era presidente da Câmara de Jerusalém e, depois, ministro do Comércio e Indústria, entre 1999 e 2003. Olmert é acusado de durante 20 anos ter recebido cerca de 150.000 dólares em dinheiro do empresário norte-americano Morris Moshe Talansky. Olmert disse que esse dinheiro serviu para financiar campanhas eleitorais, legalmente, Talansky acha que ele usou parte do dinheiro para pagar férias e artigos de luxo.

O líder do partido de direita Likud, Benjamim Netanyahu, disse que o actual governo é um "fracasso total" e exigiu novas eleições legislativas. O Likud lidera todas as sondagens de opinião em Israel.

Por sua vez, do lado palestiniano, as reacções a este anúncio de Olmert são bem diferentes. Para o Hamas, é uma "vitória" e um "indício da deterioração da vida política em Israel". Para a Autoridade Palestiniana, trata-se de um "assunto interno" de Israel, tendo Mahmud Abbas declarado: "Nós trabalhamos com todos os primeiros ministros eleitos em Israel e continuaremos com Ehud Olmert até à chegada do seu sucessor". No entanto, segundo agências internacionais, diversos responsáveis da Autoridade Palestiniana (AP) consideraram que se trata de um "duro golpe" para a AP, que considerava Olmert um "parceiro sério e envolvido pessoalmente" nas negociações de paz.

As eleições internas no Kadima terão lugar a 16 de Setembro, depois disso quem ganhar deverá tentar formar uma nova coligação de governo, o que se poderá prolongar até Novembro. Se o novo líder do Kadima não conseguir constituir um novo governo, que obtenha maioria no parlamento, então poderão realizar-se eleições antecipadas. Neste caso, Olmert poderia continuar como primeiro ministro até essas próximas eleições, que poderiam vir a realizar-se já em 2009.

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