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Isaltino admitiu fuga ao fisco

 LusaEm declarações prestadas ao tribunal nesta quinta feira, Isaltino de Morais admitiu não ter declarado a totalidade do valor de uma casa que adquiriu para evitar o pagamento de impostos e admitiu ainda não ter declarado dividendos de alienações do património e rendimentos de negócios com a Dona Branca. O autarca de Oeiras também não devolveu as verbas que sobraram de campanhas eleitorais e que terá depositado na Suiça.

 

Isaltino de Morais admitiu, em declarações prestadas esta quinta feira em tribunal, não ter declarado às finanças a totalidade do valor pelo qual adquiriu uma casa em Miraflores, cuja escritura foi celebrada com o valor 32.600 contos, quando na realidade o autarca pagou mais 11.5000 contos. O autarca justificou a omissão desta declaração afirmando tratar-se se uma prática corrente.

Quanto aos depósitos efectuados em contas bancárias na Suiça, que ascenderam a 1,3 milhões de euros, Isaltino afirmou tratar-se de heranças, dividendos de investimentos na bolsa, doações familiares, aplicações na Dona Branca e "sobras de campanhas eleitorais".

Apesar de saber que estas verbas deviam ter sido devolvidas ao estado, o autarca de Oeiras assumiu que não o fez por não conhecer mais ninguém que o tivesse feito. Isaltino considerou ainda que essas verbas não deviam ter sido declaradas como património seu, uma vez que se destinavam a actividades políticas, ainda que não tivesse esclarecido como têm sido utilizadas.

No âmbito deste processo, Isaltino viria a recusar-se a prestar declarações sobre a origem dos 35 mil euros que pagou, em numerário, pela aquisição de um automóvel, que viria a vender posteriormente por 60 mil.
 

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