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Irão diz que britânicos violaram as suas águas

marinesbritishO Irão afirmou que os 15 fuzileiros navais britânicos presos ontem pelas autoridades iranianas no Golfo Pérsico confessaram ter violado as águas territoriais do Irão, numa “acção agressiva” que precisa ser explicada. Os detidos foram transferidos para Teerão para se explicarem. O governo britânico afirma que os seus marines estavam em águas territoriais do Iraque. A União Europeia exigiu a sua imediata libertação.

As forças iranianas capturaram os britânicos no canal do Shatt al-Arab, na entrada do Golfo Pérsico, provocando uma crise diplomática no momento em que o Conselho de Segurança da ONU se prepara para avaliar novas sanções financeiras e restrições à venda de armas ao Irão enquanto este mantiver o seu programa de enriquecimento de urânio, que Teerão afirma ter exclusivamente fins pacíficos.

A notícia da detenção dos militares produziu um forte impacto nos mercados internacionais e fez com que a cotação do petróleo subisse para níveis que não eram alcançados desde Novembro.

O comandante do navio "HMS Cornualha", de onde saíram as duas embarcações britânicas em que estavam os militares, afirmou que é "urgente resolver o assunto porque, com toda a certeza, este incidente aconteceu em águas territoriais iraquianas e como tal não tem sentido".

O Irão é um país determinante no mercado do petróleo. Para além de deter as segundas maiores reservas do mundo, controla, com Omã, o estreito de Ormuz, por onde passa um terço da produção petrolífera do mundo.

Este incidente entre tropas do Reino Unido e do Irão tem precedentes, já que em 2004 um grupo de oito soldados britânicos foi também detido por tropas iranianas na fronteira com o Iraque. Na época, os militares estiveram três dias em território iraniano, foram sujeitos a uma simulação de execução e só foram libertados depois de fazerem um pedido de desculpas público.

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