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Investigação criminal corre risco de colapso por falta de informatização

Maria José MorgadoMaria José Morgado alerta que a investigação criminal corre o risco de colapso por falta de informatização dos serviços do Ministério Público, em declarações que fez ao jornal Diário de Notícias. A procuradora-geral adjunta salienta que com o novo Código de Processo Penal vai aumentar a circulação de informação entre polícias, magistrados e juízes e na falta de informatização, vai aumentar a "circulação de papel entre os vários departamentos judiciários e, com isso, a morosidade, podendo culminar tudo em eventuais precipitações no encerramento dos processos".

Maria José Morgado está preocupada com a falta de circulação da informação lamentando que cada departamento de investigação (polícias, ministério público e juízes de instrução) acabe por funcionar como "uma ilha", porque a informação não circula.

A actual responsável do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) sublinha que "ou o ministério público exerce devidamente a acção penal, ou o Estado de direito é posto em causa".

Já existe um grupo de trabalho para estudar a informatização dos serviços, mas Maria José Morgado salienta que "é urgente que se comece a tomar decisões e afectar verbas para esse efeito", senão vai haver mais papel a circular. No DIAP de Lisboa já "começa a haver falta de verba para o comprar".

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