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Investigação

DEPOIS DA SOARES DA COSTA, BUSCAS NA MOTA-ENGIL E DELOITTE

furaco2Depois de inspectores da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos, acompanhados de magistrados do Ministério Público, terem realizado, na terça-feira, buscas à sede da Soares da Costa, o mesmo se repetiu ontem na Mota-Engil e na empresa de auditoria e consultoria fiscal Deloitte que trabalha com as duas construtoras. Este processo, desencadeado há mais de um ano, no âmbito da operação "Furacão", permitiu detectar um esquema de evasão fiscal com recurso a empresas em "off-shores". Além dos crimes de fraude fiscal, está a ser investigado branqueamento de dinheiro. Segundo o "Diário de Notícias", o processo de investigação envolve a maioria das empresas relevantes no sector da construção e obras públicas.

Na busca à Soares da Costa foram selados diversos computadores para análise. Em causa estarão suspeitas de evasão fiscal, que poderão envolver várias empresas do grupo. As buscas pretendem fazer o cruzamento da informação apreendida com a que se encontra declarada para cumprimento das obrigações fiscais e com a que foi recolido no âmbito das buscas ao sistema bancário.
A Soares da Costa é um dos maiores grupos do sector da construção e obras públicas em Portugal e engloba várias empresas que abrangem todos os segmentos e especialidades do sector. A revista norte-americana ENR classificou-a como157ª mundial em volume total de negócios e a 95ª em volume de negócios fora do país de origem.
A acção de ontem na Mota-Engil foi confirmada pela própria empresa, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
Na Deloitte, os investigadores terão recolhido a facturação das duas empresas em causa, cruzando informação com a que tinham disponível.
A 'Operação Furacão', no âmbito da qual se desenvolvem a estas buscas, investigam branqueamento de capitais, mais-valias não pagas por transacções imobiliárias e a liquidação de Imposto Municipal de Transacções.

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