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Incêndios na Grécia já mataram 63

grecia_fogos.jpgO número de vítimas mortais dos incêndios que estão a devastar a Grécia já chegou a 63. Há pelo menos 89 focos de incêndio em todo o país, atiçados pelos ventos fortes. Há centenas de aldeias destruídas e ontem o fogo esteve perto das ruínas de Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos, consideradas Património da Humanidade pela Unesco. Milhares de pessoas que fugiram dos incêndios ficaram sem abrigo e estão temporariamente alojadas em escolas, hotéis e centros de saúde. O estado de emergência foi declarado no sábado.

"Em 30 anos, nunca vi tanta destruição", disse aos repórteres um bombeiro na região do Peloponeso. "A destruição é de proporções bíblicas."

O primeiro-ministro Costas Karamanlis afirmou suspeitar que há incendiários por trás dos fogos. E ofereceu uma recompensa de cem mil a um milhão de euros a quem denunciar um incendiário.

Mas, até agora, a polícia deteve apenas dois idosos e dois jovens suspeitos de terem ateado fogos.

Mais de 800 bombeiros gregos, apoiados por dezenas de colegas de outros países, com 20 aviões e 19 helicópteros, lutam contra as chamas na península do Peloponeso, onde os fogos têm maiores proporções.

O Governo português enviou um avião Canadair para Atenas, que ficará à disposição das autoridades gregas. A França enviou quatro aviões do mesmo tipo e 60 bombeiros sapadores, a Itália enviou um avião e Chipre deslocou 30 bombeiros para a Grécia. O governo grego espera ainda o envio de mais aviões e helicópteros fornecidos por outros países, como Sérvia, Israel, Eslovénia, Espanha, Roménia, Alemanha, Noruega, Holanda e Áustria. Atenas pediu também ajuda aos Estados Unidos e à Rússia.

Com as legislativas já a 16 de Setembro, a oposição acusou o Governo de tentar encobrir a falta de prevenção e organização na luta contra os incêndios. Para o líder socialista, Georges Papandreou, o Executivo "transformou a Grécia num Estado sem defesa". "Catástrofe", "Vergonha" e "Incapacidade" são alguns dos títulos dos jornais gregos de hoje, que criticam a falta de coordenação dos serviços de socorro e de combate aos incêndios.

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