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Hondurenhos vão às urnas em meio a golpe de estado

Honduras esta presente Foto de corazón girl / FlickrOs relatos dão conta de um ambiente tenso onde os eleitores hondurenhos vão às urnas num ambiente de medo repressão.

Desde Junho passado o país vive sob intervenção do Exército, que em 28 de Junho deteve o presidente eleito, Manuel Zelaya, e o expulsou para a Costa Rica. Após uma série de acordos falhados Zelaya faz uma tentativa mal sucedida de ingressar no país, atravessando a fronteira com a Nicarágua e imediatamente retornando para o mesmo país.

No dia 21 de Setembro o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Celso Amorim, confirma a presença do presidente deposto na embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, capital hondurenha. Seis dias depois o Governo golpista decreta estado de sítio e fecha dois meios de comunicação aliados a Zelaya. A intensa pressão internacional faria com que o Governo recuasse nesta decisão poucos dias depois.

Sem atender a exigência pela recondução do presidente eleito, as eleições realizam-se com o aval dos Estados Unidos, que inclusive enviou auxílio técnico e observadores. A saída pelas eleições sem a recondução prévia de Manuel Zelaya deve ser apoiada apenas pelo Peru, Colômbia, Canadá e Panamá. ONU e OEA se recusaram a acompanhar as eleições. O governo brasileiro afirma que reconhecer eleições em Honduras seria legitimar golpe.

Os candidatos favoritos nas eleições são Porfírio "Pepe" Lobo, do Partido Nacional, e Elvin Santos, ex-vice-presidente de Zelaya, do Partido Liberal, ambos tentam se desvincular de Roberto Micheletti, e Zelaya. 4,6 milhões de hondurenhos foram convocados a votar, sendo que cerca de 1 milhão estão no exterior. Para além do presidente devem escolher três vice-presidentes, 128 deputados e os membros de 298 corporações locais.

As primeiras notícias sobre as eleições não dão conta de nenhum incidente.

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