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Honduras: Zelaya denuncia manipulação dos golpistas

Milhares de apoiantes do presidente Zelaya foram apoiá-lo à embaixada brasileira. Foto vredeseilanden/FlickrO presidente deposto pelo golpe militar permanece na embaixada do Brasil, cercado pelos militares e polícias que tentam afastar os apoiantes. Os golpistas hondurenhos só trocam o diálogo pelo reconhecimento das eleições agendadas para Novembro, e Lula da Silva quer uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.

 

O presidente brasileiro encontra-se na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque e não tem poupado esforços diplomáticos para resolver a delicada situação em que se encontra a sua embaixada nas Honduras. O chefe da diplomacia brasileira, Celso Amorim, já avisou os golpistas que não tolerará que a embaixada seja atacada.

Por seu lado, os golpistas liderados por Roberto Micheletti já cortaram a electricidade e a água do edifício e as cargas policiais no exterior da embaixada já feriram mais de 80 pessoas.

"Temos que readquirir nossa liberdade e nossa democracia", disse Zelaya à Rádio Gloco, e também pediu aos hondurenhos que se coloquem "de pé, nunca de joelhos, perante uma ditadura".

O presidente eleito das Honduras diz que "a batalha pela democracia no mundo está ocorrendo em Honduras" e nas Nações Unidas, vai começar "um processo de apoio ao povo hondurenho" e de rejeição "a este regime".

Zelaya defende que Micheletti e os militares golpistas "deve depositar o poder no poder legítimo nas próximas horas". Mas o auto-intitulado "presidente" na sequência do golpe diz que só aceitará dialogar com Zelaya se este reconhecer a validade das eleições marcadas para o fim de Novembro.

A resposta de Zelaya não se fez esperar. "Assim não há acordo. A haver eleições, terão de existir condições iguais para todos e não perseguição contra uns, e favores para outros", afirmou o legítimo presidente das Honduras.
 

 


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