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Guerra no Líbano

ISRAEL VIOLA RESOLUÇÃO DA ONU
libano_mulher_correO exército israelita entrou em força no Líbano, horas depois da aprovação por unanimidade de uma resolução do Conselho de Segurança que apelava à cessação das hostilidades. A aviação israelita precedeu esta ofensiva militar dos maiores bombardeamentos desde o início do conflito. “Conforme à decisão tomada na quarta-feira pelo gabinete de segurança, o exército israelita lançou uma operação terrestre no sul do Líbano que se deve estender até o rio Litani”, afirmou o porta-voz do exército.

O governo israelita esclareceu as suas intenções: a operação visa “neutralizar as capacidades do Hezbollah de atirar rockets e mísseis sobre o norte de Israel não é limitada no tempo”, garantiu Avi Pazner porta-voz do governo israelita.
Apesar da resolução da ONU que proíbe expressamente acções ofensivas, o governo de Israel confirma que vai continuar esta operação durante semanas. Recorde-se que o desrespeito por resoluções da ONU não é novo por parte de Israel que consegue ter o duvidoso recorde de ser o país que mais vezes não cumpriu as resoluções da comunidade internacional. Situação que só é possível devido a cumplicidade dos Estados Unidos que evitam que sejam tomadas medidas que sancionem estes desrespeitos ao Conselho de Segurança.
Horas antes do desta operação militar que emprega mais de 30 000 soldados e que pretende ocupar uma faixa de 30 quilómetros de profundidade do Líbano, podendo ir  “para além do rio Litani”, segundo confirmou o general israelita Alon Friedman, chefe de operações da região militar norte, o Conselho de Segurança apelou à cessação imediata de todas as operações militares ofensivas e ataques a Israel.
O primeiro ministro israelita, Ehud Olmert, apesar de apressar-se a não cumprir o estipulado, deu o seu acordo prévio a esse texto.
  A resolução, que vai ser analisada hoje pelo governo libanês, prevê que o exército libanês e a Força da Interposição das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que passará de 2000 para 15 000 homens, com um mandato reforçado, sejam colocados no sul do Líbano e que Israel retire as suas tropas desta região.
A resolução é uma tentativa de resolver um conflito que matou mais de 1100 libaneses, a esmagadora maioria civis e fez fugir das suas casas um terço da população libanesa. Do lado israelita, 38 civis e 82 militares morreram.
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