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Guerra no Afeganistão

NÚMERO DE MORTOS JÁ QUADRUPLICOU EM 2006
AfeganistãoO conselho de fiscalização e coordenação conjunta (JCMB), um órgão que agrupa representantes do governo afegão e da comunidade internacional, tornou ontem público um relatório alarmante sobre o Afeganistão. Segundo este relatório (disponível em ands.gov.af) em 2006 morreram já 3700 pessoas vítimas da guerra e de atentados, quatro vezes mais que em 2005.

As conclusões do conselho (JCMB) foram apresentadas a uma delegação do conselho de segurança da ONU. O embaixador japonês, Kenzo Oshima, que chefiou a delegação da ONU reconheceu à imprensa que o Afeganistão enfrenta "desafios alarmantes", o mais importante dos quais é a "insurreição dos talibãs".

Segundo o relatório, as violências ligadas à insurreição passaram de "menos de 300 por no fim de Março de 2006 para mais de 600 no fim de Setembro. Em 2005 eram de cerca de 130 por mês".

"A falta de progresso significativo no domínio da segurança põe em risco os esforços para estabilizar o Afeganistão mas poderá também ter consequências no plano internacional" indica o JCMB, que sublinha em detalhe as consequências directas das violências na reconstrução do país. A intensificação da violência, sobretudo no sul e no leste do país, teve um impacte sobre o "desenvolvimento económico do país, muito mais lento e geograficamente limitado do que se esperava".

Só 10% dos afegãos que vivem nas cidades têm electricidade e nas zonas rurais essa percentagem cai para 5%. A produção de ópio aumentou 59% em 2006, com 165000 hectares cultivados contra 104000 hectares em 2005.

O relatório salienta também a corrupção existente em todos os escalões do sector público.

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