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GUE/NGL prepara cimeira de Copenhaga

O grupo parlamentar europeu do Bloco está na primeira linha na defesa da justiça climáticaNuma conferência dos eurodeputados do GUE/NGL em Atenas, Marisa Matias defendeu um acordo global pela justiça climática e social que seja ao mesmo tempo ambicioso e juridicamente vinculativo.

 

"Neste cenário, ser realista é ser exigente. Manter tudo na base de consensos mínimos é não apenas irrealista mas também irresponsável", sustentou a eurodeputada do Bloco, antes de colocar cinco condições para aceitar um acordo saído da cimeira: "Ele deve ser juridicamente vinculativo e não daqueles acordos politicamente vinculativos em que cada país pode definir os seus objectivos depois da cimeira; os objectivos devem ser os mais ambiciosos possíveis; uma definição clara do compromisso financeiro: deve haver recursos próprios e não os recursos tirados dos programas existentes, como o objectivo do milénio para acabar com a pobreza; o acordo deverá ser alcançado num quadro de negociação e não de imposição; e deve propor a justiça social e climática".

Marisa Matias estabeleceu a diferença entre a resolução aprovada no Parlamento Europeu e a posição do GUE/NGL, mais ambiciosa no que respeita aos objectivos de redução de emissões de gases de efeito de estufa. Outros aspectos mais negativos da resolução são a inclusão da opção nuclear no pacote de energia e, no que diz respeito ao financiamento do plano europeu, "a falta de regras claras para levar a cabo as medidas e a insuficiência de verbas até 2020 para as realizar."

A iniciativa contou com a participação de eurodeputados do Chipre (AKEL), Holanda (SP) e Grécia (Syriza), representado por Nikolaos Chountis, que prevê para esta cimeira "um embate entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, entre o desenvolvimento ecológico e o lóbi industrial e do nuclear, entre os governos e os movimentos populares". "Nem todos têm as mesmas responsabilidades pela actual situação trágica", lembrou o eurodeputado grego para defender o "apoio aos países mais pobres e às populações mais vulneráveis que têm de enfrentar cada vez mais desastres naturais por causa das alterações climáticas".

Marisa Matias estará em Copenhaga durante a cimeira e participará no Klimaforum, a iniciativa do movimento ecologista com uma programação de 190 conferências, 50 exposições, 30 filmes, e música e teatro de 7 a 18 de Dezembro. No dia 13, a eurodeputada intervém na conferência "Capitalismo e Crise Climática: as Alternativas à Esquerda" que o Bloco de Esquerda organiza em conjunto com o Die Linke alemão, o Partido da Esquerda Europeia e os anfitriões da Aliança Verde-Vermelha.

 

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