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Greve tem "fortíssima adesão", diz Carvalho da Silva

Greve da Função Pública

O secretário-geral da CGTP afirmou esta manhã que a greve dos trabalhadores da Função Pública está a decorrer com "fortíssima adesão". Carvalho da Silva destacou os sectores da educação, saúde e autarquias como os que têm uma adesão maior. "Este é um protesto de trabalhadores injustiçados, que durante sete anos perderam o valor do salário real e que têm sido bodes expiatórios de processos políticos que o governo não resolve", declarou o líder sindical.

“Os dados que nos chegam são de adesão elevadíssima”, confirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), presente na escola secundária Gil Vicente, em Lisboa. Há concelhos que têm todas as escolas encerradas e em Lisboa há também várias escolas que não vão abrir devido à greve,

Para além da Gil Vivente, na capital  estão encerradas as Escolas secundárias Francisco Arruda, Restelo, Nuno Gonçalves, Paços Manuel, Marquês de Pombal, Telheiras, Almada Negreiros, EB 2-3 Olivais, Escola 1-7-5 dos olivais e Afonso Domingues. No Porto estão encerradas a Escolas secundárias de Resende, Fontes Pereira de Melo, EB 2+3 Gomes Teixeira, EB Pires de Lima e EB de Gondomar. No Algarve estão encerradas escolas nos concelhos de Loulé, Olhão, Silves, Lagoa, Vila Real e Quarteira.  Em Coimbra, as escolas secundárias D. Diniz, EB 2+3 Pedrulha, EB 2+3 Alice Gouveia e secundária de Condeixa encontram-se encerradas.

Diz a CGTP que segundo o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Francisco Brás, os turnos nocturnos de recolha de lixo e limpeza de ruas não arrancaram, pelo menos, em Loures, Sintra, Amadora, Coimbra, Mourão, Vendas Novas, Arraiolos, Évora, Montemor e Almada, enquanto a adesão em Ponta Delgada e Braga rondava, à mesma hora, os 95 por cento.
Nas primeiras horas da madrugada, a adesão no hospital de São José era de 96%, no INEM de 89% e no Instituto de Meteorologia de 100%. Presente nos piquetes de greve das Oficinas Municipais de Loures, Carvalho da Silva afirmou que "esta greve interessa não só aos trabalhadores da função pública mas a todos os trabalhadores do País. Há uma aceitação da razão da luta generalizada", defendeu o sindicalista, sublinhando que os funcionários públicos perderam "um décimo do valor real dos salários em sete, oito anos".

O aumento salarial de 2,1% proposto pelo governo, que se mostrou irredutível nesse valor durante as negociações, longe da proposta de 3,5% do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado ou dos 5,8% da Frente Comum, está na origem desta greve que junta as estruturas sindicais da CGTP e UGT pela quarta vez contra o governo Sócrates.

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