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Greve dos revisores da CP

Greve dos revisores da CPOs revisores da CP iniciam à meia-noite uma greve contra o congelamento dos salários e a possível privatização de linhas da transportadora.

"Espera-se uma grande adesão, na ordem dos 90 por cento", afirmou à Lusa o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que convocou a greve.

O presidente do SFRCI, Luís Bravo, disse que, apesar da segunda-feira "ser o principal dia de luta", os passageiros poderão contar com perturbações e atrasos já neste domingo, à tarde, e na terça feira de manhã, "principalmente nos comboios de longo curso" (Alfa Pendular e Intercidades).

A greve tem como objectivo contestar o congelamento dos salários, recomendado pelo Governo, e a intenção do Executivo de privatizar algumas das linhas da CP.

O sindicalista considera que o congelamento dos salários é uma "medida extremamente injusta para os trabalhadores da CP" que, apesar de trabalharem numa empresa pública, "não têm qualquer vantagem em relação aos funcionários públicos".

O SFRCI contesta ainda a possível privatização de algumas linhas da CP, prevista no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

"Querem privatizar a parte que dá lucro, o que deixa a CP numa situação insustentável", afirmou o presidente do sindicato.

O SFRCI representa 450 dos cerca de 1.000 trabalhadores da área comercial da CP, segundo o presidente do sindicato.

A CP já alertou para a possibilidade de supressões e atrasos em todo o país devido à greve.

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