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Greve do Metro

QUASE 100% DE ADESÃO
metro060926Fontes sindicais informaram que a greve do Metro hoje, tal como na passada quinta-feira, primeiro dia do protesto, teve uma adesão de perto dos 100% e provocou o fecho de todas as estações. Os sindicatos temem que o fim do Acordo de Empresa (AE) em vigor abra caminho à precariedade laboral, com a celebração de contratos individuais de trabalho que não assegurem os direitos dos trabalhadores e possam pôr em causa a própria segurança. A empresa diz que a adesão à greve foi de 70, 28%

A greve tornou o trânsito de Lisboa mais difícil do que o habitual: filas de espera intermináveis, autocarros alternativos cheios e presos no trânsito. Uma das filas, em Sete Rios chegou a ter a extensão de 400 metros. O Metro de Lisboa transporta diariamente mais de 500.000 pessoas.

Em declarações à imprensa, o dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transporte Rodoviários e Urbanos (FESTRU) Diamantino Lopes explicou, a título de exemplo, que o Acordo de Empresa estabelece um máximo de três horas de condução para os maquinistas e que já em 2001 houve a tentativa de aumentar este tempo para o dobro: "Foi-nos feita essa proposta a troco de mais algum dinheiro, mas os trabalhadores recusaram porque o dinheiro não é tudo." Para o sindicalista, o trabalho rotineiro - condução em galerias - em tempo excessivo pode dar azo a acidentes. "A segurança está em primeiro lugar", disse.

O conselho de gerência do Metro tornou público na semana passada um comunicado em que se afirmava disposto a negociar e considerava não haver motivo para as greves. Mas a FESTRU afirma que não lhe foi apresentada qualquer nova proposta, como ficara decido em sede de concertação.

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