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Greenpeace: Nestlé tem de mudar as suas políticas KitKatastróficas

30 Activistas da Greenpeace, vestidos de orangotangos, pediram à Nestlé, na Suíça, para deixar de comprar óleo de palma a fornecedores que destroem as florestas tropicais da Indonésia.

30 Activistas da Greenpeace, vestidos de orangotangos, pediram à Nestlé, na Suíça, para deixar de comprar óleo de palma a fornecedores que destroem as florestas tropicais da Indonésia.30 Activistas da Greenpeace, vestidos de orangotangos, pediram à Nestlé, na Suíça, para deixar de comprar óleo de palma a fornecedores que destroem as florestas tropicais da Indonésia.

 

Os activistas vindos da Suíça, Alemanha e Reino Unido aproveitaram a reunião anual dos accionistas, em Lausanne, esta quinta-feira, para fazerem um apelo à empresa. “Estamos hoje aqui para dizer à Nestlé para mudar as suas políticas KitKatastróficas”, explicou Pat Venditti, responsável pelas Florestas na Greenpeace Internacional.

Dois activistas da organização ecologista irromperam do tecto da sala e desceram como quem faz rapel, com equipamento de montanhismo, pendurando depois uma faixa com a frase "Nestle, Give the orangutans a break!" [Nestlé, dá uma pausa aos orangotangos!] que joga com o slogan de marketing da Nestlé associado ao chocolate KitKat. A faixa ficou pendurada a cerca de 20 metros acima das cabeças dos accionistas durante a reunião.

Outros activistas vestidos como orangotangos distribuíram panfletos no exterior do edifício onde se realizou o encontro.

“Ao comprar produtos resultantes da destruição da floresta tropical, a empresa está não só a prejudicar o clima e a biodiversidade mas também a sua reputação”, disse também Venditti, citado pela APF, explicando que estão a pedir aos accionistas para usarem a sua influência “para garantir que os produtos da Nestlé não contenham produtos da Sinar Mas”.

A Greenpeace lançou há cerca de um mês uma campanha expondo o papel da Nestlé na destruição da floresta tropical da Indonésia pressionando a empresa a deixar de incluir Óleo de Palma no conhecido.

A substituição destas florestas pela plantação de Palmeiras tem impactos directos na vida dos habitantes locais, assim como é responsável pela destruição do habitat do Orangotango. A destruição das florestas tropicais mundiais é ainda considerada como um dos principais contribuintes para as alterações climáticas.

A empresa respondeu às denúncias e apelos suspendendo o seu contrato com o maior produtor de óleo de palma daquele país, Sinar Mas.

No entanto, a empresa “continua a comprar óleo de palma indirectamente à Sinar Mas, através de fornecedores como a Cargill. Isto apesar de ter recebido mais de 200 mil emails e faxes de cidadãos preocupados pedindo-lhe para parar”, conta a Greenpeace em comunicado. Além disso, as embalagens usadas pela Nestlé utilizam papel da Asia Pulp & Paper, fábrica da Sinar Mas, acrescentam os ecologistas.

A organização divulgou ainda imagens de satélite e fotografias que, diz, mostram que a Sinar Mas continua a destruir zonas de elevado valor conservacionista, habitat para os orangotangos.

A Indonésia tem uma das taxas de destruição da floresta mais rápidas do planeta. As maiores causas são as plantações para extracção de óleo de palma e para produção de pasta de papel. Segundo a Greenpeace, a Sinar Mas tem actualmente 406 mil hectares de plantações para óleo de palma e pretende adquirir mais 1300 mil hectares na Papua e Kalimantan.

               

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