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Governo islandês demite-se
O primeiro-ministro islandês, Geir Harde, apresentou nesta Segunda Feira a demissão do seu governo. A Islândia foi duramente atingida pela crise do seu sistema financeiro, o que obrigou à nacionalização dos seus três principais bancos e deixou o país à beira da bancarrota. Desde Outubro passado, as manifestações populares têm-se multiplicado em Reiquiavique, a capital, contra o governo e o banco central.
A demissão verifica-se depois das eleições marcadas para 2011 terem sido antecipadas para Maio deste ano. Mas este anúncio, feito na passada Sexta feira, não limitou o movimento de protesto, que ainda no Sábado passado juntou mais de cinco mil manifestantes na capital, exigindo a demissão imediata do governo.
A revolta popular acabou por afectar a coligação entre o Partido da Independência (direita) e a Aliança Social Democrata, que compunha o governo. A líder social-democrata para manter a coligação exigia a demissão do Ministro das Finanças e do Presidente do Banco Central.
O governo islandês era de coligação entre o Partido da Independência (direita, 25 deputados no parlamento que tem um total de 63) e a Aliança Social Democrata (com 18 deputados). Nas últimas eleições, realizadas em 2007, o Partido da Independência obteve 36,6% dos votos e a Aliança Social Democrata 26,8%. Além destes dois partidos, outros três têm representação parlamentar actualmente: O Movimento Esquerda-Verdes com 9 (14,3% em 2007), o Partido Progressivo 7 deputados (11,7%) e o Partido Liberal 4 (7,3%).