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Fuga de Alfredo Reinado

PRISÃO NÃO TINHA SEGURANÇA
reinadoexananaO major Alfredo Reinado fora transferido para uma outra prisão, o Centro de Detenção de Caicoli, onde ficou por duas semanas, por falta de segurança na prisão de Becora. Na passada quinta-feira, porém, de acordo com o ministro da Justiça de Timor, Domingos Sarmento, em declarações à TSF, o major regressou a Becora, porque as forças internacionais garantiram as condições de segurança pedidas. Hoje o major evadiu-se, junto com mais de 50 presos. Saíram pela porta da frente, sem oposição dos guardas timorenses e neo-zelandeses, aproveitando uma troca de guarda.

 

Em Timor-Leste, a força multinacional continua à procura dos 57 reclusos que fugiram da prisão de Becora. Em declarações à TSF, o ministro da Justiça timorense, Domingos Sarmento, mostrou-se preocupado com esta fuga: "Os detidos ameaçaram os guardas e depois saíram do portão e resolveram fugir", disse. Domingos Sarmento anunciou que o governo timorense abriu um inquérito para apurar responsabilidades.

O destacamento da GNR em Díli reforçou o patrulhamento nas ruas da capital, mas, até agora não há notícia de incidentes. O gabinete do primeiro-ministro José Ramos-Horta escusou-se a comentar a fuga, remetendo qualquer esclarecimento para as forças da ONU.

Alfredo Reinado e cerca de 20 dos seus homens estavam detidos desde 25 de Julho, por posse de material de guerra encontrado numa operação de rotina da GNR em três casas, uma delas, segundo o major, atribuída por Xanana Gusmão.

As restantes casas tinham sido ocupadas por Alfredo Reinado. A detenção foi feita ao abrigo do Protocolo bilateral entre Timor-Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergência que estavam em vigor no país desde 30 de Maio. Entre o arsenal apreendido constavam nove pistolas, mais de 4 mil munições para espingarda automática e pistola, granadas, cinco rádios de transmissões, e equipamento militar diverso.

O major Alfredo Reinado foi um dos principais intervenientes na crise político-militar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

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