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FMI propõe ao G20 novos impostos aos bancos
Tributos seriam destinados a futuras operações de salvamento e a sua aplicação deveria ser coordenada a nível internacional, para evitar acções unilaterais dos Estados e dos bancos.
O director-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sugeriu aos países dp G20, que reúnem esta sexta, taxar com dois novos impostos o sector financeiro, o qual, segundo Strauss-Kahn, daria fundos aos governos para responder a crise futuras e reduziria os riscos por parte dos bancos.
Um estudo que os países-membros do G20 encomendaram ao Fundo em Setembro propõe criar a chamada "Contribuição à Estabilidade Financeira", um imposto que inicialmente seria pago por todas as entidades financeiras e que posteriormente variaria conforme o nível de risco assumido por cada uma. As suas receitas seriam destinadas a um fundo a utilizar em futuras operações de salvamento de bancos ou a receitas correntes do Estado.
O segundo imposto seria a "Taxa sobre Actividades Financeiras", que incidiria sobre os salários e bonificações pagas pelas entidades financeiras, assim como os seus lucros.
Para o FMI, a aplicação destes novos impostos deveria ser coordenada a nível internacional, para evitar acções unilaterais dos Estados e dos bancos, que se mudariam para onde a legislação fosse mais suave.
Strauss-Kahn disse ainda que a recuperação económica "está a chegar mais rapidamente e antes do que o previsto", mas ainda é "frágil". Por esses motivos, John Lipsky, o "número dois" do FMI, disse que o FMI acredita que seria "prematura" a retirada das políticas de estímulo.