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FMI prevê maior recessão do pós-guerra

Previsões do FMI dizem que a recuperação económica afinal está mais longeAs previsões do FMI vêm desmentir os que já anteviam a recuperação económica para breve e revêem em baixa as anteriores. A confirmar-se o cenário previsto para este ano, o PIB mundial cairá 1,3%, apesar dos planos de recuperação aprovados em muitos países. E em Portugal, o desemprego deverá disparar para os 11% em 2010.

 

A taxa de desemprego prevista para o nosso país é a maior das últimas décadas, começando por subir aos 9,6% em 2009 e aumentando para os 11% no ano seguinte. O comportamento da economia acompanha o pessimismo das restantes previsões com uma queda do PIB de 4,1% este ano e 0,5% em 2010.

O relatório da primavera do Fundo Monetário Internacional diz que será preciso mais tempo do que o previsto para a estabilização dos mercados financeiros. E que esta crise, a maior desde a II Guerra Mundial, vai atingir sobretudo os países mais ricos, com uma queda de 3,8% no seu produto, enquanto os países em vias de desenvolvimento vão crescer, mas pouco (1,6%).

A retoma prevista para 2010 será apenas parcial, diz o FMI, que calcula o crescimento económico mundial em 1,9%, "frouxo em comparação com outras recuperações" e arrastado pelo desempenho das economias dos países em vias de desenvolvimento, que se prevê que cresçam 4%.

"Os problemas financeiros dos países desenvolvidos continuarão a ser graves durante uma boa parte de 2010 e só se resolverão lentamente", prevê o relatório divulgado esta quarta-feira.

O comércio internacional será muito afectado pela crise, baixando 11% em 2009 e apenas estabilizando no próximo ano. Também os preços nos produtos consumidos nos países desenvolvidos deverão baixar 0,2%.
 

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