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Fapobol despede trabalhadores por participarem em manifestação contra salários em atraso

FapobolDez a doze trabalhadores da Fapobol (Fábrica Portuense de Borracha) receberam carta de despedimento, com a empresa a invocar como "justa causa" a participação numa manifestação, em que exigiram o pagamento de salários em atraso.
Segundo o jornal Público de Sábado passado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Norte (Sinorquifa) vai apoiar quem quiser recorrer da decisão da administração da empresa.

Em Fevereiro passado, a administração da Fapobol pediu a insolvência de duas fábricas que detém na Zona Industrial do Mindelo em Vila do Conde, nas quais trabalham 169 pessoas. Segundo a administração, a intenção seria de recuperar a empresa, sendo o objectivo da insolvência chegar a um "acordo para dilatação dos prazos de pagamento da dívida" de 11 milhões de euros ao fisco - que chegou a exigir a clientes das duas fábricas que lhe entregassem directamente dinheiro de pagamentos - e à Segurança Social.

No início de Abril passado os trabalhadores manifestaram-se em frente à casa do administrador Manuel Pinto de Sousa, para exigir o pagamento dos salários em atraso do mês de Março, que só seriam pagos a 11 de Abril.

A administração decidiu instaurar processos disciplinares aos trabalhadores, acusando-os de terem participado na manifestação e invocando esse pretexto enviou-lhes cartas de despedimento.

Os salários de Abril voltaram a ser pagos com atraso, a 12 de Maio.

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