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Fábrica têxtil em auto-gestão produz mais que nunca

Foto Fukami/Flickr A fábrica de confecções Afonso, em Arcos de Valdevez, ficou famosa há três anos quando as trabalhadoras impediram o patrão alemão de a encerrar por dívidas e de levar as máquinas para a República Checa, ocupando a fábrica e acabando por comprá-la por um preço simbólico de um euro. De então para cá, sob administração das trabalhadoras, a facturação não parou de aumentar, as dívidas estão pagas e já se investe em novas máquinas.

A fábrica chega ao fim do ano com um volume de negócios de 900 mil euros e as dívidas liquidadas, com a produção a atingir 850 camisas diárias, um recorde naquela empresa. A administradora Conceição Pinhão, que liderou a luta das trabalhadoras contra a deslocalização e a ocupação da fábrica, disse ao Jornal de Notícias que agora "é a altura de começar a respirar fundo".

Em Novembro de 2004, após a tentativa falhada de roubar as máquinas durante a noite, os antigos patrões abandonaram os 90 trabalhadores, deixaram dívidas de 250 mil euros e encomendas por satisfazer. A diferença entre a anterior gestão dos alemães e a actual gestão as trabalhadoras tem reflexos ao nível do aumento da produção com uma média de mais 100 a 150 camisas por dia do que há três anos.

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