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Eurodeputados questionam Comissão e Conselho Europeus sobre voos da CIA

Guantánamo 2003 - Foto da Lusa (arquivo)Um grupo de eurodeputados, entre os quais Ana Gomes e Miguel Portas, questionaram a Comissão e o Conselho europeus sobre a responsabilidade dos governos nos voos que transportaram prisioneiros para Guantánamo.
A eurodeputada Ana Gomes declarou ao esquerda.net: "Não é possível as autoridades enterrarem a cabeça na areia e continuarem a dizer que não há elementos de prova".
Miguel Portas afirma que "esta é uma história que só pode acabar mal" porque "a verdade virá ao de cima".
Declarações de Ana Gomes em mp3.

"Será que a Comissão Europeia concorda que há agora provas suficientes para reconhecer que, mesmo se os Estados-membros colaboraram no âmbito do programa de "extradições extraordinárias" sem estarem cientes de toda a sua amplitude, devem assumir a sua quota de responsabilidade por essa colaboração?"

Os eurodeputados partem dos novos dados divulgados recentemente, nomeadamente o documento secreto divulgado pelo jornal El Pais (Voos da CIA para Guantánamo: Governo de Aznar foi avisado) e o relatório da Amnistia Internacional (Amnistia Internacional identificou 16 voos da CIA em Portugal ), para questionarem a Comissão e o Conselho europeus.

Pretendem ainda saber em que medida os Estados europeus estão dispostos a colaborar no encerramento da prisão de Guantánamo, nomeadamente, dando asilo político a prisioneiros, contra os quais não foram deduzidas acusações, que não podem ser repatriados para os países de origem, que violam os direitos humanos.

Os eurodeputados querem ainda o apuramento da responsabilidade de Durão Barroso, actual presidente da Comissão. Ana Gomes na entrevista ao esquerda.net lembra que o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que as investigações não tinham sido desencadeadas para não comprometer Durão Barroso, primeiro ministro de Portugal, na altura dos factos.

Miguel Portas, em artigo com o título "Comprometidos, publicado neste Sábado no jornal Sol, salienta que: "Durão Barroso só chegou a presidente da Comissão Europeia porque esteve na cimeira que decidiu invadir o Iraque sem prévio consentimento das Nações Unidas".

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