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EUA lançam ultimato ao Irão para acalmar Israel

Hillary Clinton e Ehud BarakRobert Gates, secretário de Estado da defesa dos Estados Unidos da América terminou ontem a sua viagem a Israel com um ultimato ao Irão para que terminem os ensaios nucleares. Caso contrário, os EUA ameaçam endurecer a sua política. Segundo a imprensa israelita, os EUA querem assim tranquilizar Israel. Benjamin Nethanyahu e Ehud Barak, por sua vez, pedem que sejam adoptadas sanções ao Irão e prosseguem ensaios militares. A diplomacia dos EUA avisa que Obama só esperará até à reunião da Assembleia Geral da ONU a 20 de Setembro para que Teerão renuncie aos planos nucleares. Robert Gates, o chefe do Pentágono, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém com o ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, pediu mais tempo para Obama prosseguir a via diplomática, mas colocou um limite. “Estamos perfeitamente conscientes da possibilidade dos iranianos poderem simplesmente continuar a ganhar tempo”, disse Gates.

O governo de Israel, que possui armas nucleares, tem ameaçado recorrer à força em relação ao Irão. Barak fez uma alusão ao plano de ofensiva militar - que passaria por um raide aéreo cirúrgico contra as centrais iranianas - quando afirmou que Israel "não tira qualquer opção de cima da mesa". Israel tem feito exibições aeronavais de grande dimensão e atravessado o Canal do Suez (via para o Golfo Pérsico) com barcos e submarinos de guerra.

Há uma semana, a diplomacia israelita criticou a secretária de Estado Hillary Clinton por admitir armar os países do Médio Oriente como forma de contrabalançar o poder do Irão. Os israelitas viram nisso um sinal do baixar de braços dos EUA, mas Clinton esforçou-se por desmentir essa leitura das suas palavras. No domingo, pediu ao governo israelita que confie nos esforços da diplomacia americana.

Os EUA acreditam que um ataque israelita só porá em causa o frágil equilíbrio na região. Mas Israel defende que, enquanto durar a ameaça iraniana, será impossível haver paz no Médio Oriente. O Presidente dos EUA está empenhado em levar por diante os planos para a criação de um Estado palestiniano e exigiu o congelamento dos colonatos judeus na Cisjordânia.

Depois do encontro com Barak, Gates partiu para um encontro com o Rei Abdullah II da Jordânia. Outros três altos responsáveis da Administração estão no Médio Oriente em encontros com líderes regionais.

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