You are here

Estradas de Portugal: gestão e nova taxa estão em causa

EstradaSegundo o jornal Sol, um relatório de auditoria do Tribunal de Contas diz que "a situação económica e financeira das Estradas de Portugal é preocupante" e põe em causa a nova taxa que o governo decidiu criar para financiar a empresa.
O Ministério das Obras Públicas contesta a notícia, dizendo que desconhece a existência de "qualquer relatório". Fonte do Tribunal de Contas diz que o processo de auditoria "não está terminado". O Bloco de Esquerda quer que o ministro Mário Lino esclareça a situação no Parlamento e o PCP também.
Leia o artigo de F. Louçã Estradas privadas?

O jornal Sol na sua edição deste Sábado revela que um relatório de auditoria do Tribunal de Contas (TC) considera que a situação da Estradas de Portugal (EP) "é preocupante". A empresa depende dos subsídios do Estado, que têm sido insuficientes para as necessidades de investimento, pelo que a empresa tem recorrido ao endividamento.

Na contribuição para as dificuldades financeiras da EP estão os contratos assumidos por ajuste directo no valor de 2,5 mil milhões de euros, valor que ultrapassa em quase 50% as autorizações iniciais. O Ministério das Obras Públicas contesta a notícia, afirmando que "não tem conhecimento de qualquer relatório final do Tribunal de Contas sobre a gestão financeira, em 2005 e 2006, das Estradas de Portugal" e declarando que "os valores constantes da notícia são completamente falsos e absurdos".

O jornal Sol salienta também que o TC critica a nova contribuição criada este ano pelo governo para financiar a EP, que o governo decidiu também abrir ao capital privado. Para o TC não existe uma relação directa entre o consumo de combustíveis e a utilização da rede rodoviária nacional", havendo já portagens para os utilizadores da rede de estradas concessionadas. O TC conclui que são os consumidores de combustíveis que vão pagar essa contribuição (6,4 cêntimos por cada litro de gasolina e de 8,6 cêntimos por cada litro de gasóleo).

O Bloco de Esquerda que vem denunciando este novo imposto (leia no esquerda.net: Bloco: Privatização das Estradas de Portugal cria "novo imposto") anunciou que vai requerer na AR que Mário Lino vá ao Parlamento esclarecer a situação da Estradas de Portugal.

O PCP também quer que o ministro dê explicações, "é uma notícia que é preocupante e tem de ser cabalmente esclarecida porque estamos a falar de dinheiros públicos" declarou o deputado António Filipe.

 

Termos relacionados Política