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Despesas das famílias com Educação crescem 43% em 6 anos

Concentração de estudantes em frente à Reitoria da Universidade do Porto. Foto de Arquivo de Pedro Ferrari, LusaA Educação foi a parcela do orçamento das famílias portuguesas que mais cresceu entre 2001 e 2007, indica o relatório "Indicadores Sociais 2007", divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. O aumento significativo dos contratos a prazo e do desemprego, bem como a tendência de envelhecimento da população são outros dados relevantes que constam do relatório.  

Segundo o relatório do INE, no período de 2001 a 2007, "as classes de despesa das famílias que registaram maiores aumentos de preços foram a Educação (+42,8%), bebidas alcoólicas e tabaco (+36,0%), e transportes (+28,5%)". O aumento considerável das propinas no Ensino Superior poderá explicar em parte a subida abrupta das despesas com a Educação.

Por outro lado, de 2006 para 2007, os contratos a prazo aumentaram 10,5%, enquanto o número de contratos sem termo diminuiu 2,2%. A proporção de trabalhadores por conta de outrem, com um e outro tipo de contrato era, respectivamente, 17,5% e 77,6%.

A taxa de desemprego passou de 7,7% em 2006 para 8,0% em 2007, aumentando de forma mais acentuada no caso das mulheres (de 9,0% para 9,6%).

Quanto aos aspectos demográficos, o relatório revela que a população residente em Portugal, no final de 2007, era de 10 617 575 indivíduos, um ligeiro aumento (0,17%) em relação ao final de 2006. Esse aumento fica-se a dever, em exclusivo, à taxa de crescimento migratório (+0,18%), dado que a taxa de crescimento natural (diferença entre nascimentos e óbitos) apresentou um valor negativo (-0,01%).

Ainda sobre este aspecto o relatório conclui que "o abrandamento do crescimento anual da população residente no país continua a resultar da desaceleração do crescimento migratório iniciado em 2003 e da trajectória descendente do crescimento natural que se regista desde 2000". E, de acordo com esta tendência, o INE estima que Portugal perderá perto de 12% da sua população, entre 2010 e 2050.

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