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Desemprego mundial bate recorde

fila de desempregadosMesmo com a economia mundial a crescer 5%, o desemprego atingiu um novo pico: 195,2 milhões de desempregados no final de 2006. O relatório da Organização Internacional do Trabalho revela também que 1, 37 mil milhões de trabalhadores em todo o mundo (sobre)vive com o equivalente a 1,5 euros por dia, claramente abaixo do limiar da pobreza.

«O crescimento foi incapaz de reduzir o desemprego mundial», afirmou Juan Somavia, director-geral da Organização Internacional do Trabalho

 

Em números absolutos, a quantidade de pessoas sem trabalho passou de 194,7 milhões em 2005 para o recorde de 195,2 milhões em 2006. Em 1996, esse número era de 161,4 milhões.

 

Em números relativos, a taxa de desemprego manteve-se sensivelmente na mesma, dado que houve um significativo crescimento demográfico

 

Segundo a OIT, os jovens ainda são os mais afectados pelo desemprego e correspondem a 44% das pessoas (86,3 milhões) sem trabalho. A OIT também destaca que os homens continuam a ter melhores empregos e salários do que as mulheres.

 

O que mais preocupa a entidade é que, mesmo com a estimativa de crescimento de 4,9% para a economia global em 2007, não há uma perspectiva de que isso irá gerar um aumento de empregos. Para complicar ainda mais a situação, economistas da OIT estimam que o período de crescimento da economia mundial está a chegar ao fim, depois de cinco anos de aumento do PIB entre 4% e 5%. Se esse cenário for confirmado, o ritmo de crescimento do desemprego será ainda maior até ao final da década.

Outra constatação do relatório é que, pela primeira vez, há mais trabalhadores no sector de serviços do que na agricultura. A constatação ocorre no mesmo ano em que há, também pela primeira vez, mais de metade da população mundial a viver nas cidades. Hoje, ao sector dos serviços correspondem mais de 40% dos empregos, contra 38,7% na agricultura e 21,3% na indústria.

 

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