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Demolições rodeadas por protestos em Nova Orleães

Protestos à porta da sessão de CâmaraA aprovação do plano municipal para demolir 4500 apartamentos nas quatro maiores áreas de habitação pública em Nova Orleães provocou violentos protestos. Muitos dos desalojados pelo furacão Katrina continuam sem poder regressar à cidade, e milhares vivem em locais sem condições.

A falta de habitação a preços comportáveis e o número crescente dos sem-abrigo levaram a que nas últimas semanas muitas pessoas tenham tentado impedir o avanço dos bulldozers. O plano de demolições foi aprovado por unanimidade pelas autoridades municipais, que entendem que será preciso demolir para melhorar substancialmente a qualidade da habitação, alvo de muitas queixas ainda antes da tempestade. Mas quem fez as contas descobriu que o organismo federal que faz as demolições só construirá menos de 800 apartamentos para substituir os demolidos. Ao contrário do que diz a propaganda oficial, hoje em dia há apenas um terço das famílias com habitação comparticipada pelo Estado do que havia antes da passagem devastadora do furacão Katrina.

As vozes discordantes afirmam que este plano vai afastar os pobres dos bairros onde viviam há muitas gerações. Quando tentaram entrar na sessão camarária, foram impedidos pela polícia, já que o auditório estava cheio de adeptos das demolições, entre eles vários habitantes que se queixavam das más condições em que viviam. A luta contra as demolições seguirá agora nos tribunais.

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