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Debate parlamentar

SÓCRATES TENTA IGNORAR A ESQUERDA
j_scratesFrancisco Louçã lembrou ao primeiro-ministro que se “numa sala há uma vaca e uma galinha e aparece um ovo, o ovo é certamente da galinha”, e, acrescentou, se a reforma é dividida, devido ao factor de sustentabilidade, por mais anos, ela forçosamente será mais pequena. Louçã atacou também o primeiro-ministro por afirmar que o público gere melhor os fundos públicos ao mesmo tempo que entrega aos privados e estrangeiros a gestão dos mesmos fundos públicos.
Veja no site do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda os vídeos do debate. O tom agastado de José Sócrates, durante o debate com o Bloco de Esquerda marcou o dia, mas a estratégia foi inicialmente outra: o primeiro-ministro atacou, na sua primeira intervenção, o projecto do PSD para a Segurança Social e ignorou olimpicamente as propostas da esquerda parlamentar. Tendo o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, referido que a estratégia do Governo era fazer passar por de esquerda uma proposta do Governo para a Segurança Social que prejudica gravemente os interesses de quem trabalha.
Na sua primeira intervenção, José Sócrates abriu o debate mensal, na Assembleia da República, colocando em contraponto a proposta do Governo de reforma da Segurança Social e o projecto do PSD sobre a mesma matéria. «A única forma de fazer um debate sério sobre Segurança Social é com as contas em cima da mesa. Contas em cima da mesa», acentuou Sócrates, acusando a proposta do PSD e afirmando que, se fosse aplicada, o sistema público acumularia em 30 anos uma dívida entre 100 mil a 135 mil milhões de euros. O primeiro-ministro atacou a proposta do PSD, mostrando um estudo encomendado pelo Governo do PSD que demonstrava que a privatização da Segurança Social iria ter graves custos sociais e económicos.

 

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