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Cresce a solidariedade com autor de "Gomorra"

Roberto Saviano. Foto internaz/FlickrRoberto Saviano está ameaçado de morte pela máfia napolitana, mas não pára de receber sinais de solidariedade de todo o mundo. O abaixo assinado em sua defesa, lançado pelo jornal La Repubblica atingiu a meta das 250 mil assinaturas. E os seis prémios Nobel que o promoveram abriram também o debate na Academia Sueca, para que esta tome posição e convide o escritor para uma iniciativa pública. Leia a crítica a "Gomorra" na revista Vírus.

 

Em resultado da pressão dos Nobel, Saviano recebeu o convite para fazer um discurso sobre "a liberdade de expressão e a violência sem lei" na Academia Sueca. Aos seis primeiros promotores do apelo laureados com este prémio (Dario Fo, Gunter Grass, Orhan Pamuk, Mikhail Gorbachov, Desmond Tutu e Rita Levi Montalcini) juntaram-se José Saramago, Elfriede Jelinek, Betty Williams, Wislawa Szymborska, Lech Walesa, Shirin Ebadi, Pérez Esquivel, Renato Dulbecco, os Médicos Sem Fronteiras e Elie Wiesel.

Ainda não existe uma data para a ida de Saviano a Estocolmo, mas o modelo preferido pela Academia, segundo o La Repubblica, seria o de um diálogo com outro escritor perseguido, Salman Rushdie.

Muitos outros escritores italianos e internacionais subscreveram o apelo que defende que "a segurança e liberdade de Saviano diz respeito a todos enquanto cidadãos" e que "O Estado deve fazer todos os esforços para protegê-lo e para derrotar a Camorra".

O protesto pela liberdade contra a máfia inclui também sessões públicas de leitura do livro. Nos últimos dias, em livrarias e praças em várias cidades italianas, cidadãos, escritores e políticos fazem fila para ler um excerto de "Gomorra" e com essse acto simbólico assumirem a sua posição em defesa da liberdade contra o medo e a violência.

 

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