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Coreia do Norte retoma enriquecimento de urânio para novas armas nucleares

A Coreia do Norte tinha já reiniciado reactores nucleares em Maio deste anoA Coreia do Norte disse hoje ter atingido a última fase de enriquecimento de urânio e anunciou que se prepara para fabricar novas armas nucleares com barras de urânio usadas. O anúncio de hoje é entendido por alguns como uma nova táctica para pressionar a comunidade internacional. Pyongyang adverte que, em caso de sanções da ONU, o regime será obrigado a “tomar contra-medidas auto-defensivas mais fortes”

“Testámos com sucesso o enriquecimento do urânio e os testes entraram na fase final”, refere a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, citada pela Yonhap. “Estamos também a finalizar o novo tratamento de barras de urânio usadas. Plutónio extraído [de um reactor] está em fase de militarização”, afirmou o representante permanente da Coreia do Norte nas Nações Unidas, citado pela KCNA, agência de notícias da Coreia do Norte. A agência explica que as barras de urânio usadas vêm de apenas um reactor norte-coreano que produz plutónio.

A Coreia do Sul reagiu imediatamente, prometendo uma resposta “firme” face às “ameaças e provocações” do Norte.

O anúncio de hoje é entendido por alguns como uma nova táctica para pressionar a comunidade internacional. A agência noticiosa Reuters cita a opinião de peritos segundo os quais o Norte ainda está longe de aperfeiçoar a tecnologia para obter urânio altamente enriquecido necessário para fabricar armas nucleares. Seja como for, haverá sinais que sugerem que o processo está em curso.

“Estamos ao mesmo tempo preparados para o diálogo e para as sanções”, declarou o diplomata norte-coreano numa carta dirigida ao presidente do Conselho de Segurança da ONU. Na carta, citada pela KCNA, o diplomata diz responder a um “pedido de esclarecimentos” do comité das sanções da ONU.

Pyongyang adverte que se os membros do Conselho de Segurança insistirem em privilegiar as sanções em detrimento do diálogo, o regime será obrigado a “tomar contra-medidas auto-defensivas mais fortes”, uma referência, segundo a AFP, a um possível terceiro teste nuclear, como o realizado a 25 de Maio último, ou ao lançamento de um novo míssil de longo alcance.

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