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"Comissão de inquérito tem mais força política"

João SemedoJoão Semedo insiste na proposta de comissão parlamentar de inquérito para esclarecer as relações do governo com os média e explica porquê.

O deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, insistiu que só uma comissão de inquérito parlamentar poderá esclarecer, com rigor e objectividade, "as relações do governo com a comunicação social e, em particular, o papel do primeiro-ministro e do governo na compra da Media Capital".

Diferente das actuais audições a decorrerem no âmbito da comissão de ética, explicou Semedo, uma comissão de inquérito "tem um relatório, tem conclusões, e isso tem um outro estatuto, uma outra força política, que um conjunto de audições certamente não poderá ter". O deputado bloquista explicou que "uma comissão de inquérito não depende apenas dos depoimentos e dos testemunhos, há também documentação, recolha de informação, outros instrumentos de conhecimento da realidade e da verdade".

O Bloco de Esquerda tem interpelado os restantes grupos parlamentares no "sentido de acelerar a existência" desta comissão de inquérito, o que teria de ser decidido numa reunião extraordinária do plenário, já que até meados de marco a Assembleia não se reúne devido à discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

"Hoje estamos mais perto do que estávamos ontem" de criar esta comissão de inquérito, disse o deputado do Bloco.

Semedo falou à imprensa no final das audições da jornalista do Sol Felícia Cabrita e do vice-presidente do BCP com funções suspensas Armando Vara na comissão parlamentar de ética.

A jornalista do Sol disse-se convicta de que "havia uma tentativa de e controlo da comunicação social e que quem está por detrás é o primeiro-ministro", afirmando que "podemos verificar isso através do que foi acontecendo na TVI".

Já Armando Vara disse desconhecer o "envolvimento do Governo ou do primeiro-ministro" na tentativa de compra da TVI pela Portugal Telecom.

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