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Colégio Militar: "Houve sabotagem à investigação"

Fernando RosasO deputado Fernando Rosas, do Bloco de Esquerda, afirmou esta quarta-feira que houve "uma espécie de sabotagem organizada das autoridades militares" à investigação das agressões no Colégio Militar e pediu medidas imediatas, sem esperar pelos próximos ministros para tomar decisões sobre este caso. Para o deputado, houve "uma verdadeira muralha de silêncio na chefia do Estado-Maior do Exército e na direcção do Colégio Militar".

 

"Ou se tomam as medidas agora, já, com os ministros em funções, ou se as medidas ficam à espera que haja novos ministros nunca mais se vai ouvir falar nisto", defendeu Fernando Rosas numa conferência de imprensa na Assembleia da República.

Sobre as palavras de Garcia Pereira, advogado de alguns dos alunos, que disse que os responsáveis militares foram pouco cooperantes com a investigação judicial, Fernando Rosas disse concordar inteiramente.

"Não há dúvidas que o Ministério Público há de ter tido a maior das dificuldades em apurar qualquer coisa que fosse (...) as entidades, os jornalistas e as famílias depararam-se com uma espécie de sabotagem organizada por parte das autoridades militares ao fornecimento das informações", denunciou.

Fernando Rosas anunciou que o Bloco está a organizar "uma iniciativa conjunta com as famílias, para fazer força para que a verdade venha a lume" e que não vai "deixar morrer o assunto".

Rosas voltou a exigir que seja revelado o relatório do inquérito lançado pelo ministério da Defesa e da Educação, dizendo não entender o motivo de o inquérito, que foi concluído no fim de Setembro, só ter chegado na terça-feira à chefia do EME.

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