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Cimeira da UE: Festejos na aprovação e silêncio sobre referendos
Os chefes de governo europeus festejaram com champanhe na madrugada de sexta-feira o acordo sobre o texto que substitui a falhada Constituição Europeia. A assinatura terá de esperar por 13 de Dezembro e José Sócrates afirmou que a decisão do governo sobre o referendo será anunciada nessa altura. No debate parlamentar desta manhã, Ana Drago disse que "o Governo não leva a sério a crise do projecto europeu". Veja o vídeo aqui.
Sócrates e Durão Barroso apresentaram aos jornalistas o acordo alcançado no primeiro dia da cimeira, e o compromisso de última hora com a Polónia, que passa pelo reforço do estatuto jurídico do "compromisso de Ioannina", que permite a um país suspender um decisão aprovada por maioria, em certas circustâncias. O presidente polaco, Lech Kaczynski, não podia ser mais claro no fim da cimeira: "A Polónia obteve tudo o que queria", afirmou.
Foi sem surpresa que o eurodeputado do Bloco de Esquerda reagiu ao acordo de Lisboa: "Era um acordo previsível mas agora o que é relevante é saber como vai ser o processo de ratificação", disse Miguel Portas, que criticou o primeiro-ministro pelo silêncio que ainda mantém sobre o cumprimento da promessa eleitoral do referendo. "José Sócrates escusou-se sempre a clarificar posições porque havia incertezas mas agora é tempo de falar e é tempo de saber se vai ou não haver referendo e se o Tratado vai excluir o povo da decisão", concluiu o dirigente do Bloco
A ratificação do Tratado nos 27 países, com ou sem referendos, está prevista concluir-se até à primavera de 2009, ou seja, a tempo das eleições europeias de Junho.
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