You are here

China

YAHOO, MICROSOFT E GOOGLE CENSURAM
chinahrw060814A Human Rights Watch (HRW) denuncia num informe que a Yahoo, a Microsoft e a Google colaboram com o estado chinês na censura da Internet. O informe, intitulado "Race to the Bottom: Corporate Complicity in Chinese Internet Censorship" ("Corrida para o fundo: cumplicidade das corporações com a censura chinesa da Internet") denuncia que várias empresas de Internet bloqueiam a imprensa estrangeira e termos que pensam que o governo chinês quer censurar.
Informe da HRW

Os motores de busca em chinês da Google, da Microsoft e da Yahoo bloqueiam páginas de Internet da imprensa estrangeira como as da "BBC", da revista "Times" ou do diário "New York Times". A Human Rights Watch escolheu 25 sites e pesquisou-os nos diferentes motores de busca em chinês. O pior é o yahoo em que dos 25 sites escolhidos só a 8 se tem acesso em chinês, censura pior que a do motor de busca chinês Baidu, que permite aceder a 9. O motor de busca da Microsoft (MSN) permite o acesso a 15 e o da Google a 17. A yahoo indica apenas que "os resultados extra foram filtrados", a microsoft anuncia que "alguns resultados da busca foram eliminados" e a google informa da censura "segundo as leis locais, normativas e políticas, uma parte da busca não aparece", entre as censuradas estão a BBC e o site da HRW.

A colaboração destas empresas com a censura chinesa não é igual e justificam-na com a legislação local, embora nenhuma cite a que lei concreta se referem.

A Yahoo foi contudo a única que aderiu ao "Compromisso público para a auto-disciplina na indústria chinesa da Internet" (eufemismo para a censura) proposto pela Sociedade Chinesa da Internet.

A Microsoft parece vincular-se à censura através dos laços com o topo do regime, pois está associada na China com a empresa chefiada pelo filho de Jiang Zemin, a Shanghai Alliance Investment Ltd (SAIL) para o serviço de MSN desde Maio de 2005.

Quanto à Google a HRW assinala que a sua colaboração parece ter sido o resultado do bloqueio que sofreu em 2002 por parte do governo chinês.

A HRW relembra que criticou fortemente a Yahoo por ter identificado às autoridades chinesas vários utentes, o que ajudou à prisão de quatro críticos do governo chinês, Shi Tao, Li Zhi, Jiang Lijun, e Wang Xiaoning.

A HRW apela aos EUA e à União Europeia a aprovar uma lei que proíba estas empresas de colaborar com a censura e de acumular dados pessoais dos utentes chineses que permitam a sua prisão como aconteceu com a Yahoo nos quatro casos assinalados.

Termos relacionados Internacional