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Chávez endurece o discurso contra EUA e Espanha

Chávez olha a manifestação de sexta 30 de Novembro através de binóculos. Foto Lusa/EPA/Harold EscalonaDiante de centenas de milhares de pessoas que encheram a avenida Bolívar em Caracas num comício pelo "sim" à reforma constitucional, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou suspender o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos como retaliação à suposta ingerência da CIA na campanha do referendo. Chávez ameaçou igualmente tomar acções contra empresas espanholas, insinuando que pode nacionalizar o BBVA e o Santander se o rei Juan Carlos não pedir desculpas por tê-lo mandado calar-se na cimeira Iberoamericana. "Sim" e "não" aparecem praticamente empatados, segundo as sondagens.


Chávez insistiu na denúncia de “planos imperialistas e dos seus lacaios da oligarquia autóctone”, um dos quais seria da autoria da CIA e teria o nome de Operação Tenazes, destinando-se a criar actos de violência no dia do referendo, isto é, domingo.

“Se no domingo ganhar o 'sim', como tudo indica, e a oligarquia desencadear a violência com a história de uma fraude... Nem uma gota de petróleo para os EUA!”, disse Chávez. O presidente venezuelano repetiu que o voto de domingo ou é a favor dele, ou a favor de Bush, apesar de alguns dos seus antigos camaradas de armas e fundadores do Movimento Bolivariano, como o ex-ministro da Defesa Raúl Baduel, serem pelo “não”.

Chávez disse também que sabe de meios de comunicação que participariam dos supostos planos contra a vitória do “sim”. Especificamente sobre a Globovisión, disse ter a informação de que até o meio-dia difundiria resultados da jornada eleitoral, o que é proibido. “Se o fizerem, violando a lei, advirto-os mais uma vez, serão retirados do ar de imediato”, ameaçou.

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